O Mundo FacebookRivel
As redes sociais, como um lugar para se estar , como estamos nos
pensamentos. Um mundo mental com estímulos virtuais que mistura universos pessoais, o seu com o de outros. Essa relação de sua face virtual com
seu mundo interior merece e deve nos levar a
algumas indagações. Não estaríamos exercendo aquilo que muitos filósofos
chamaram de extensão?( Para o contexto
“árvore” o valor de verdade não se altera com a mudança de extensão para Pessegueiro.)
Temos ou não uma nova extensão de nosso
mundo individual, num sistema sócio-digital, menos sujeito as castas culturais?
Será que todo esse acontecimento que iniciou no Orkut e foi aprimorado no facebook,
não está revelando algo da nossa
espécie? Se for um modismo ,como alguns
dizem, merece menos atenção filosófica?
Uma faísca é o suficiente para
acender uma fogueira, então , não há como
ignorar que a mente universal começa a
se formar,mesmo que ainda seja só um faísca ,seu primeiro motor Aristotélico já iniciou os trabalhos. Como todos
sabem ela surgiu na primeira conexão virtual , até nos dias de hoje pelas redes
sociais. Este é o momento de “facebookar”, ideia que surgiu do desejo, de alguns garotos para encontrar um caminho
mais rápido ao encontro do outro ou das garotas. É certo que as relações virtuais
ainda carregam um infantilismo alegórico,o que é mais coerente com o ponto evolucionário
da mente humana , que ainda é “primórdica” . Da mesma forma que a
superficialidade se faz constante, há mergulhos profundos, consciência co
-compartilhas e uma força partilhada . Ao descobrir que o outro está ON ,que vibra,
sente , dança e transita pelo mudo, descobre-se
que as diferenças estão mais no esteticismo do conteúdo do que na intenção do
clic, nessa visão ampliada da face do outro, eu descubro uma nova forma de
humanidade, uma nova forma de viver no mundo , o outro é extensão minha , do
meu cogito e da minha realidade, isso posto, fica claro que cada vez menos será possível
ignorá-lo.
Sempre se falou do homem que se
mistura a máquina, mas e essa mistura de realidades? O mundo paralelo já não é
mais uma teoria, é uma realidade e nele experimentamos estar ligados e
conectados uns aos outros, mesmo que rapidamente. Estamos conectando e criando interseções
mente-a-mente. Como naquela cena
inesquecível do filme “AI – Inteligência Artificial” quando o ser do futuro,
toca no ombro do robozinho, todos os seres daquele novo mundo,sentem e vivem a saga, a
dor o medo a determinação que fizeram aquela criatura ultrapassar a barreira do
tempo, em busca da mãe amada e isso coloca toda aquela espécie mobilizada
no propósito de recriar o mundo, para que o menino robô, possa viver o sentido
de toda existência, ou seja, ele foi construído
para amar sua mãe e amou , como amou. Estes seres do futuro, apesar de serem
totalmente diferentes não ignoram a existência daquele pequeno ser mecânico e
ao contrario de banalizarem a busca em função disso, valorizam o que sente, e o fato de ser um robô
não teve a menor importância , foi o
sentido da existência e da sua busca que
importou. Imagino assim a hera da universalidade. Por isso, cada vez mais é
impossível ignorar as diferenças, a dor da guerra o primitivismo de certas
religiões . O mundo terrestre acontece a favor da vida e é por ela que seu devir acontecerá.
A mente universal não pode e não vai aceitar a
alienação da existência do outro, mesmo com distâncias impensáveis, a mente digital
nos está aproximando através do meu e do seu espaço virtual, é o outro
que nos trás noticia dele por ele mesmo
sem intermediários,assim como está para nós, estamos para ele. Sim há muitos
perigos, como sempre existiram nos lugares transitados pelo homem, cabe a nós
mesmos criarmos o senso e direção a este movimento, para que se torne um meio, um transporte, para evolução
de um eu universal mais humanizado.
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